domingo, 21 de junho de 2009

Nítido contraste

A mudança foi brusca, não há como negar. Quebrando literalmente o protocolo de todas as tradições, Barack Obama assume o comando da Casa Branca. Acredita-se que o presidente negro e de descendência muçulmana (leve ironia do destino) surge em um dos mais difíceis momentos da história estadudinense. Contudo, os norte-americanos estão plausivelmente acostumados em seres surpreendidos por políticos promissores nos momentos mais adversos. A exemplo disso tem-se os 4 mandatos de Franklin Roosevelt e de seu "New Deal" posterior ao crack da bolsa de Nova Iorque em 1929.
De um ano pro outro, as relações diplomáticas dos EUA parecem ter sofrido uma reviravolta de 360°. De um lado invasões por ogivas nucleares (ou petrolíferas?) e do outro tentativas de reaproximação gradual com países onde a democracia está longe de ser algo concreto, como é o caso do Irã, estado legitimamente teocrático que vem passando por lamentáveis eleições fraudulentas.
Diferenças a parte, o fato é que Obama tem uma árdua missão pela frente. Em um momento totalmente neokeynesianista, em que o Estado por diversas vezes age a favor da economia injentando bilhões de dólares ou salvando grandes empresas em concordata, faz-se necessária a empresa de alguém com o perfil do novo presidente. Além de é claro saber lidar com as constantes ameaças nucleares de países como a Coréia do Norte e o Paquistão. Pois, apesar de fortemente afetado pela crise financeira, os EUA estão longe de aposentar o posto de maior potência militar e econômica mundial, ainda que alguns tigres asiáticos assustem.

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