sexta-feira, 19 de junho de 2009

Mais uma vitória do capital

Na última quarta-feira pôde-se acompanhar a votação que resultou na lastimável perda para o Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas). Com consideráveis 7 votos contra 1, O STF (Supremo Tribunal Federal) dá fim à antiga briga a favor da não obrigatoriedade do diploma para exercício da profissão de jornalista.
Com toda a certeza, quem perde com isso é a população. Considerada como o Quarto Poder, a mídia exerce papel de peso na sociedade em que se vive. Surgida com a vinda da família Real ao Brasil, já foi responsável por inúmeros acontecimentos memoráveis, até mesmo de derrubadas presidenciais como a de Getúlio Vargas provocada pelo "urubu" e então jornalista Carlos Lacerda.
Mais uma vez, o Supremo age a favor da elite burguesa nacional. Ao invés de enfim lançar uma Lei de Imprensa concisa para nivelar a qualidade da imprensa brasileira, desvaloriza a profissão formadora de opiniões... E o "proletariado" jornalista é mais uma vez atacado friamente.
O que me consola é o fato de que após 40 anos de diploma e consolidação jornalística, a não exigência do diploma coloca um novo desafio: conquistar o seu próprio espaço na sociedade e a sua própria inserção no mercado de trabalho profissional. As boas universidades, os bons cursos continuarão como referência do Jornalismo e continuarão formando bons jornalistas para a sociedade brasileira. Assim espera-se.

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